Abro a janela e não vejo um sentido passando,
Abro a janela e só o trem vai gemendo.
Por quê?
Por quê?
Por quê?
O dia nublou a vista,
As cores deram de si,
Racharam como duas linhas porosas,
Escafederam-se.
Por quê?
A noite vai adiantada,
O mármore encardiu,
A pedra cessou de ruir
O mundo infinito dizimou.
Por quê?
E sei eu isso agora?
Não fiz o mundo,
Não fiz a pedra,
Só fiz perguntar:
Por quê?
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