Em minha casa planta-se rosas,
vermelhas sempre,
amarelas, talvez,
pretas se houvessem.
Brancas eu mando tirar,
que amarelam;
rosas eu mando deixar,
que dão inveja.
Mas são rosas,
e não convivem bem.
Vermelhas - reais de pele é pó.
Pretas - reais de pouca fotossíntese.
Alinham-se a mim,
cheiram comigo o fim da tarde,
já eu as sinto,
no pó da pele, lúgubre.
Pretas se houvessem.
E sempre vermelhas e pretas e amarelas,
todas elas sozinhas, jamais juntas,
Não convivem bem.
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