Sustenham, por ora, os infames,
proibam-lhes a fala, o gesto, a indignação,
o panegírico de suas alucinações, férteis versos,
de mim que tanto falam.
E, ao fazerem, falo deste indelével procrastinar,
tapem-lhes a boca, que nem mesmo eu,
que nem mesmo os resmungos,
sejam, por fim, ouvidos.
E a gíria, e o canto e fossa,
abertos sem dignidade,
- quem, senão eles, os abrem?
Indignação é auto-lamento.
E se, de dia que seja,
forem convocados a voltar,
que então só com o si-mesmo espelhado,
jantando-se no escuro,que o dia já perderam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário