Queixo-me para a poesia,
que o homem mesmo, se tal bom não é,
não é de juntar amigos,
nem mesmo um.
Para então dizer,
como prova inequívoca,
que a solidão existe,
típica de almas não muy boas.
Mas o que há com o mundo,
quando não se importa,
porque esta alma não é muy boa,
que, então, viva ela só?
Se é tão vasto,
se milhões se atrapalham nas ruas,
por que ainda isolar?
Por que deixar que vivam - quaisquer que forem as almas -
sós?
O vento bate a porta,
e eu fantasio.
Ralho alto para quem chegou!
- E não avisa, é?
Mas não há ninguém,
apenas eu, o vento complacente,
que tem pena,
faz as vezes de alguém.
A pena, contudo, é minha,
não existem outros, piores,
é uma chaga - oxalá apenas isso.
um sentimento afinado de auto-consciência.
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