sábado, 15 de setembro de 2012

Sol

Quando eu traguear o sol,
Todo e de uma vez,
Sórdido e quente.
Queimarei ou serei a luz?

As minhas esquinas,
(Essas travessas soberbas e escuras) são um isso:
Um desaviso ulterior de quem não dorme.
E porque saio tarde é que me são más.

Porque no dia de sol, à tarde alta,
São bons lugares de festa.
E de encontros, e de namoros e de carnavais à revelia.
À noite espreitam bastante, ao ponto do medo.

Por isso levo o sol pela madrugada.
Ao paletó e escondido.
Quando dobrar os meus becos
Então abrirei os braços e deixarei tudo para trás.

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