Levantou-se, no meio do banquete, e pô-se a me dizer em perguntas.
Em preliminar, disse se chamar Sócrates.
E usava de um método bem do ordinário.
Percebi, de logo, que se tratava de um espertalhão.
A ignorância alegada era o bote da Naja.
Que todos os convidados foram caindo um a um.
-Não te atreva, vulgar, disse-lhe ao oitavo questionamento a Alício.
Ao que respondeu com um olhar.
Sórdido cão, cogitei.
Ao que indicava, o nome Sócrates causava comoção.
O erudito temeu-o assim que pisou na Ágora.
Mas a mim, espectador, pareceu-me confuso apenas.
Pareceu-me, como em outras ocasiões, um transeunte da terra do aforisma.
Tentei segui-lo em suas peregrinações nas ciências, mas nada pude ler.
Ao que parece, não constou escritos aos mortais.
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