A amor é um terreno profícuo para aforismas, já que todos temos algo a dizer.
Mas o que se desconhece é que, pelas experiências pessoais do dia a dia, não é possível defini-lo ou ao menos classificá-lo. Mas o problema é que ganhamos uma única régua e com ela desejamos mensurar todas as coisas. Esta régua se chama experiência do eu, que consegue, ao mesmo tempo, ser universal (por estar nos Homens) e singular, por fazer com que cada qual ache que já aprendeu com seus experimentos. Mas, ao que tudo indica, a apreensão de um conteúdo qualquer ainda não faz sentido imediatamente, e é representado por uma construção posterior do pensamento, que o sintetiza. Por isso, a dor, a frustração e o orgulho representam essa primeira aparição da experiência no amor, e dela, muitas vezes, não conseguimos ir além e, então, formulamos um aforisma de amor que é mais ou menos definido pelo princípio da reserva mental dos fatos. Ou seja, uma espécia de pecado herdado. Ou, ainda, a manutenção das expectativas do primeiro amor.
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