sexta-feira, 27 de junho de 2014

O carro pegou o menino

O carro pega o menino,
na porta do 25 de julho,
lado esquerdo da via,
pega-o de supetão.

Arrasa. Arrasa. Arrasa.
Cobre de sangue e luto.
O 25 de julho.
A árvore centenária.

Chora a servente,
a moça da Geografia.
Os pais não choram,
que ainda não sabem.

Descalço quedou-se agora,
nudez do pé, nudez de si,
jogado, coberto de lona,
cercado de fita preta e amarela.

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