quarta-feira, 12 de março de 2014

Algo, para nós

Enquanto não nos afastarmos tudo,
cada centímetro, cada emoção,
estaremos ainda comovidos,
pífios homens rasos e simples, rachados.

Cada instante é o mais terrível,
enquanto não nos formos por completo,
unânimes, arrumados com um capitão,
cansados de todo esse nada.

Devemos nos deitar às dez,
oito horas de sono e sonho,
para que, em acordando,
esqueçamos tudo, de nós.

Esqueçamos - quantas vezes já te disse isso?
que não fomos feitos, como na poesia,
um para o outro,
como perfeitos pares na roda da vida,

Contentemo-nos,
como isso que temos,
é nada,quase pleno vazio,
mas ainda é alguma coisa.

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